O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ressaltou durante entrevista ao Jornal da Fórum desta segunda-feira (12) o papel histórico da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que tem como objetivo investigar a atuação do governo do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia que já deixou mais de 340 mil mortes.
"Essa CPI não tem o direito a falhar. Se ela falha, acaba se tornando um atestado de idoneidade do responsável pelo genocídio que estamos vivendo. Não tem o direito a falhar, a dar em pizza, a 'operação abafa'... Espero que os integrantes tenham uma reflexão profunda sobre o papel que eles irão cumprir", disse Rodrigues em entrevista a Cynara Menezes, Dri Delorenzo e Renato Rovai.
"Eu diria que essa é a CPI mais importante da história do Parlamento dos últimos 50 anos. É uma CPI que pode impedir a continuação de um genocídio", completou. Durante a transmissão, o parlamentar concordou com um internauta que sugeriu a comissão seja chamada de "CPI do Genocídio".
Rodrigues criticou o "pacto" entre os poderes defendido pelos presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Arthur Lira (PP-AL). Ele vê isso como uma alternativa sem eficácia. "Convenhamos, é difícil fazer qualquer pacto com Jair Bolsonaro, ele se alimenta do caos", disse.
O parlamentar ainda comentou sobre a declaração de Bolsonaro que iria "cair na porrada" com o Randolfe, dita em conversa gravada pelo senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO). "Com 350 mil mortes, milhões passando fome, acho que a gente tem coisa mais importante para se preocupar. Não dá pra ficar se preocupando com briga de rua. Esse negócio de chamar pra briga, é coisa de covarde."
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