Glauber Braga é denunciado no Conselho de Ética por chamar Moro de "capanga da milícia"

Deputado do PSOL já havia sido denunciado no Conselho quando chamou Moro de "juiz ladrão", mas foi absolvido por unanimidade

Reprodução/TV Câmara
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Mais uma vez o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) terá sua conduta submetida ao Conselho de Ética da Câmara por palavras dirigidas ao ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Nesta sexta-feira (14), o deputado José Medeiros (Podemos-MT) protocolou junto ao Conselho uma representação contra Glauber pelo fato de o parlamentar ter chamado Moro de "capanga da milícia". O confronto com o ex-juiz aconteceu na última quarta-feira (12), quando Moro esteve na Casa para uma audiência sobre a PEC que discute mudanças na prisão em segunda instância.

“Eu não tenho outra coisa a dizer a não ser chamar o ministro da Justiça, que blinda a família Bolsonaro em relação a esses temas, de capanga da milícia. É isso que ele é”, disparou o psolista.

Para José Medeiros, autor da representação contra Glauber, o deputado foi desrespeitoso e praticou "injúria" contra o ministro.

“O Deputado Glauber, demonstrando total destempero e falta de decoro, praticou ofensas morais, deixou de cumprir com os deveres fundamentais de Deputado e tumultuou a sessão da comissão, provocando o seu encerramento”, diz a representação, que ainda será avaliada pelo Conselho.

Em outubro do ano passado, o Conselho de Ética absolveu Glauber Braga por unanimidade de outro processo. À época, deputados avaliavam se o psolista cometeu quebra de decoro ao chamar Sérgio Moro de "juiz ladrão".

“Vitória! Conselho de Ética da Câmara acaba de ARQUIVAR o processo que pedia a cassação do mandato de Glauber Braga, do PSOL, por ter chamado Sérgio Moro de JUIZ LADRÃO. Por unanimidade, 10 votos a favor de Glauber e nenhum contrário. Reafirmamos: Moro é um juiz ladrão!”, publicou o PSOL nas redes sociais à época.

Logo após a confirmação do resultado, o deputado publicou um vídeo agradecendo a solidariedade que recebeu e reafirmando o que havia dito na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. “Reafirmamos aquilo que já dissemos no passado, a história vai ser implacável: Sérgio Moro juiz ladrão”, declarou.