Paulo Marinho nega ameaças a Bolsonaro, mas diz que alma de Bebianno ainda paira no Palácio

"Talvez seja esse o motivo de Bolsonaro chorar no banheiro daquele palácio assombrado", diz o empresário

Paulo Marinho (Foto: Divulgação/Agência Senado)
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O empresário Paulo Marinho negou ameaças ao presidente Jair Bolsonaro em vídeo divulgado nesta quarta-feira (27) para responder aos ataques do presidente.

Ele disse apenas ter se recordado de Bebianno, que era espírita, e afirmou que a alma dele ainda "paira no Palácio da Alvorada". "Talvez seja esse o motivo de Bolsonaro chorar no banheiro daquele palácio assombrado."

Rachado com Bolsonaro desde o primeiro ano do governo, Marinho citou o ex-ministro Gustavo Bebianno ao comentar a forma como o chefe do Executivo reagiu diante de uma pergunta sobre rachadinhas feita por seu filho, André Marinho, em entrevista à Jovem Pan.

Marinho se disse “absolutamente surpreso” com a forma como Bolsonaro tratou seu filho e disparou: “Você lembra do nosso amigo Gustavo Bebianno? Talvez você já tenha esquecido. Mas ele não lhe esqueceu, pode ter certeza disso. Quando você estiver chorando no banheiro do palácio, lembre disso, ele não lhe esqueceu”.

https://twitter.com/PauloMarinhoRio/status/1453444484461641735?s=20

Bebianno foi coordenador da campanha de Bolsonaro em 2018 e, após a eleição, assumiu como secretário-geral da Presidência, tendo sido demitido, após rachar com o presidente, ainda no primeiro ano de mandato. Ele morreu em março de 2020 após um infarto e, nos meses anteriores ao seu falecimento, concedia entrevistas que dava a entender que possuía informações que comprometeriam Bolsonaro.

Ele chegou a afirmar que guardou um material, “inclusive fora do Brasil”, para ser usado caso algo lhe acontecesse. Essas informações estariam em um celular de Bebianno que, segundo Renata Bebianno, viúva do ex-ministro, foram destruídas.

Em julho, o empresário Paulo Marinho disse que Flávio Bolsonaro havia sido avisado da investigação sobre o caso Queiroz antes das eleições de 2018 e sugeriu acesso ao celular de Bebianno, o que não foi permitido por Renata.

Em julho de 2020, Paulo Marinho disse que Flávio Bolsonaro havia sido avisado da investigação sobre o caso Queiroz antes das eleições de 2018 e sugeriu acesso ao celular de Bebianno, o que não foi permitido por Renata.