A proximidade do senador Flávio Bolsonaro com as milícias vai ser alvo de representação no Conselho de Ética do Senado movida pelo PSOL.
O presidente nacional do partido Juliano Medeiros, revelou ao Congresso em Foco que a bancada do PSOL vai se reunir com o presidente do Conselho, senador Jayme Campos (DEM-MT) na quarta-feira (18) para sobre a situação do filho do presidente.
Segundo Medeiros, Flávio não tem condições de exercer o mandato. Ele não tem decoro nem é ético", afirmou.
"É um crime continuado. Ele também é acusado de peculato, lavagem de dinheiro, corrupção e associação criminosa. Não é possível conviver com um senador que tenha tido essas práticas no seu currículo como deputado estadual", disse ainda.
O senador é acusado de promover um esquema de corrupção de rachadinhas em seu gabinete e era bastante próximo do ex-policial militar Adriano da Nóbrega, ex-chefe da milícia Escritório do Crime.
Adriano da Nóbrega
O miliciano, morto no dai 9 de fevereiro, tinha uma relação próxima com o clã Bolsonaro. Ele chegou a ser homenageado duas vezes por Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), foi defendido no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, pelo hoje presidente Jair Bolsonaro e ainda é investigado pelo esquema de rachadinhas no gabinete do hoje senador na Alerj. A mãe e a esposa do miliciano foram empregadas como assessoras.
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) chegou a fazer um “PowerPoint” expondo o elo de Nóbrega com os Bolsonaro. “As relações da família do presidente da República Jair Bolsonaro com Adriano da Nóbrega e as milícias têm que ser investigadas. Parentes de Adriano eram assessores fantasmas de Flávio e participaram da rachadinha. O próprio miliciano recebeu grana do esquema. É gravíssimo”, disse Freixo.