Roberto Dias paga R$ 1.100 de fiança e deixa prisão após cinco horas

Não foi explicado se ele mudou as contradições que disse em seu depoimento à CPI que provocaram sua prisão

Roberto Ferreira Dias (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
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Conforme o previsto e após toda a barulheira, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias foi liberado no fim da noite desta quarta-feira (7), após pagar fiança de R$ 1.100.

Acusado de ter pedido propina de um dólar por vacina, Dias permaneceu pouco mais de cinco horas detido na sede da Polícia Legislativa, no subsolo do Congresso Nacional. Ele saiu pouco depois das 23 horas em um carro, no banco de trás do veículo, acompanhado de sua advogada, sem falar com a imprensa.

Não foi explicado se ele mudou as contradições que disse em seu depoimento à CPI da Covid que provocaram sua prisão.

Agora, ele vai responder em liberdade por falso testemunho a uma CPI, crime previsto na lei 1579 (de 1952), que trata especificamente das comissões parlamentares de inquérito. A pena prevista é de um a três anos de reclusão, além de multa.

Durante as cinco horas em que esteve detido, Dias recebeu a visita dos senadores Marcos Rogério (DEM-RO) e Marcos do Val (Podemos-ES). Ao saírem afirmaram que o ex-diretor e sua advogada analisavam se mudariam algumas de suas falas ao colegiado, para tentar evitar a ocorrência de crime.

O presidente da CPI do Genocídio, senador Omar Aziz, (PSD-AM) deu voz de prisão ao ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, nesta quarta-feira (7). A medida foi tomada após divulgação de novos áudios mostrando que Dias mentiu na comissão.

“Estou cansado de mentiras. Pedi à polícia do Senado para que o senhor seja preso. Ele está mentindo desde de manhã. Vai ser preso por perjúrio”, disse Aziz.

Alguns senadores pediram para o presidente da comissão mudar de ideia e promover uma acareação entre Dias e Elcio Franco, ex-diretor da Secretaria Executiva do ministério. Aziz respondeu: “Não vou colocar dois mentirosos frente a frente. Estamos aqui pelo Brasil, pelos mortos da Covid. Quem vier aqui e achar que pode brincar com a CPI vai ter o mesmo destino dele”.

Com informações da Folha

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