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Os recentes discursos de Jair Bolsonaro e do seu entorno sinalizando um endurecimento do regime rumo a uma ditadura bolsonarista ligaram o sinal de alerta na cúpula das Forças Armadas.
Segundo reportagem de Igor Gielow, nesta quarta-feira (30) na Folha de S.Paulo, oficiais-generais da ativa, das três Forças, dizem não haver apoio generalizado a eventuais aventuras repressivas sugeridas pelo grupo.
Apesar disso, principalmente no Exército haveriam quadros que compartilham da mesma visão de Jair Bolsonaro, que não encontram eco na Marinha e na Aeronáutica.
O texto cita ainda que o ex-comandante do Exército, general Villas-Bôas, seria um desses militares que estariam com Bolsonaro, mas que sua influência na caserna é cada dia menor.
O alerta teria sido ligado quando Bolsonaro começou a exaltar a ditadura de Augusto Pinochet diante dos protestos contra o governo neoliberal de Sebastián Piñera no dia 22 de agosto.
Um dia depois, o presidente afirmou, em Tóquio, que as Forças Armadas estão preparadas para usar o artigo 142, que é pela manutenção da lei e da ordem, caso aconteçam manifestações por aqui como as do Chile.
Nesta terça-feira (29), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em discurso na Câmara, declarou que se o povo brasileiro seguir o exemplo dos chilenos, e ocupar as ruas contra o governo, em protestos intensos, a ditadura militar vai se instalar novamente no Brasil.
Nesta quarta-feira (30), diante das perturbações no governo gerados pela reportagem do Jornal Nacional associando Bolsonaro ao assassinato de Marielle Franco, o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), voltou a sinalizar um endurecimento do regime para a formatação da ditadura bolsonarista.