Ministério da Defesa e Exército acionam PGR contra Gilmar Mendes

No sábado, o ministro do STF afirmou que os militares estão “se associando a um genocídio” ao comentar sobre a condução do governo Bolsonaro sobre pandemia do novo coronavírus

Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF
Escrito en POLÍTICA el

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e o comandante do Exército, Edson Pujol, enviaram uma representação à Procuradoria-Geral da Defesa nesta terça-feira (14) contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, em razão das críticas feitas por ele à condução do governo Bolsonaro diante da pandemia e ao papel do Exército no Ministério da Saúde.

Segundo o jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, o pedido chegou nas mãos da PGR na tarde desta terça-feira, um dia depois do Ministério da Defesa publicar uma nota em conjunto com os comandantes das três armadas contra o magistrado.

Em nota, eles classificam como uma “acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana” a declaração de que de que o Exército “está se associando a um genocídio” pela tomada do Ministério da Saúde pelo chamado Partido Fardado.

Nesta quarta-feira, Mendes publicou uma nota reafirmando as críticas. “Reforço, mais uma vez, que não atingi a honra do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica. Aliás, as duas últimas nem sequer foram por mim mencionadas. Apenas refutei e novamente refuto a decisão de se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de saúde que não tem se mostrado eficaz para evitar a morte de milhares de brasileiros”, disse.

Enquanto o vice-presidente Hamilton Mourão cobrou uma retratação por parte do ministro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o governador Flávio Dino (PCdoB-MA) saíram em defesa do magistrado.